- Período posterior à Guerra Civil: crescimento demográfico; continuação da "Marcha para o Oeste" e a progressiva ocupação do solo; industrialização e desenvolvimento econômico; capitalismo e liberalismo (iniciativa individual e Estado liberal).
- Ideia do melting pot (cadinho de raças, culturas, etc.): com a imigração de estrangeiros para os EUA, a população aumentou consideravelmente (de 31 milhões de habitantes em 1860 para 92 milhões em 1910). Exaltava-se a capacidade dos EUA de receber e dar oportunidades a tantos estrangeiros, que, juntos, ajudariam na formação dos Estados Unidos. Britânicos, escandinavos e germânicos, mas, também, latinos: casos de xenofobia por parte dos norte-americanos começam a surgir. Restrições crescentes à imigração. Preconceitos.
- O crescimento interno projeta cada vez mais os EUA no cenário mundial. Relações exteriores.
- Pan-americanismo.
- Releitura da Doutrina Monroe durante o governo de Theodore Roosevelt (1901-1908). O princípio de não intervenção em assuntos europeus é deixado de lado. Os EUA atuam nas negociações entre França e Alemanha na questão do Marrocos (1906) e procuram mediar a paz entre Rússia e Japão após a guerra russo-japonesa (1904-1905).
- Imperialismo:
I - 1898: Guerra contra a Espanha para levar a independência a Cuba. Com a vitória, os EUA dominaram também Porto Rico e as Filipinas. O caso de Cuba chama a atenção, pois, em 1901, os EUA conseguem impor a Emenda Platt na constituição cubana. A referida emenda dava aos EUA o direito de intervir em Cuba a qualquer momento, bem como o controle de uma área na baía de Guantánamo.
II - Os EUA estimulam a separação do Panamá em relação à Colômbia. Os norte-americanos terminaram a construção do Canal do Panamá e o controlaram até 31/12/1999.
III - Os EUA realizam uma intervenção militar na Nicarágua para estabilizar lutas camponesas entre 1909 e 1933. Houve a resistência do guerrilheiro camponês Augusto César Sandino.
A charge acima, de autoria de Louis Dalrymple, datada de 1905,
representa um Tio Sam gigantesco, com um pé na América
do Norte e outro na América do Sul. Ele segura um porrete,
como se estivesse vigiando todo o continente americano.
Deste modo, a charge faz referência à chamada
política do Big Stick (grande porrete), praticada
por Theodore Roosevelt. Nesta política, os EUA
revisitavam a Doutrina Monroe e defendiam a ideia de
que era necessário "proteger" a qualquer custo todo
o continente americano das potências europeias.
Contudo, o "grande porrete" não era usado
apenas para ameaçar os países da Europa, mas também para
intervir militarmente em diversos territórios da América Latina.
Trata-se de uma representação do imperialismo norte-americano.
- Fim do século XIX e início do século XX: os EUA vão, aos poucos, tornando-se a maior potência mundial, superando até mesmo a Inglaterra.
Para pensar...
- A crítica de José Martí ao imperialismo norte-americano:
"Jamais houve na América, da independência para
cá, assunto que requeira mais sensatez, que obrigue a maior vigilância, que
peça exame mais claro e minucioso que o convite que os Estados Unidos,
poderosos, repletos de produtos invendáveis e determinados a estender seus domínios
pela América, fazem às nações americanas de menos poder, ligadas pelo comércio
livre e útil com os povos europeus, para coordenar uma liga contra a Europa e
fechar negócios com o resto do mundo. Da tirania da Espanha soube salvar-se a
América espanhola; e agora, depois de ver com criterioso olhar os antecedentes,
causas e fatores do convite, urge dizer, porque é verdade, que chegou para a
América espanhola a hora de declarar sua segunda independência."
(MARTÍ, José. "Congresso Internacional de Washington". Texto originalmente publicado em dezembro de 1889.)
- Lembrar que Martí defendeu e lutou pela independência de Cuba, mas morreu sem ver seu país livre. Ele também viveu por anos nos Estados Unidos e, portanto, conheceu a sociedade norte-americana de dentro.