Sobre o "Blog do Super Rodrigão"

*** O "Blog do Super Rodrigão" foi criado e editado por Rodrigo Francisco Dias quando de sua passagem como professor de História da Escola Estadual Messias Pedreiro (Uberlândia-MG). O Blog esteve ativo entre os anos de 2013 e 2018, mas as suas atividades foram encerradas no dia 27/08/2018, após o professor Rodrigo deixar a E. E. Messias Pedreiro. ***

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Imperialismo na China

No início do século XIX a população chinesa já era muito grande, representando um enorme e potencial mercado consumidor, o que atraiu as potências imperialistas. País de cultura milenar, economia agrícola, governado por um governo imperial marcado por várias revoltas camponesas, disputas políticas e constante crise, a China viu a entrada de estrangeiros em seu território no contexto do imperialismo, sobretudo por parte de países da Europa, dos EUA e do Japão. Foi nesta conjuntura que ocorreu a Guerra do Ópio (1841), conflito que começou por conta de interesses da Inglaterra. Até o século XVIII o ópio era usado pelos chineses como medicamento, mas os ingleses, que produziam grandes quantidades do produto em seus domínios na Índia, disseminaram o vício entre os chineses. Em 1839, as autoridades chinesas obrigaram um representante britânico a entregar 20 mil caixas de ópio, que foram jogadas ao mar. A Inglaterra passou a exigir uma indenização dos chineses, acusando-os de bloquear o livre comércio na região. Como a China não pagou tal indenização, foi iniciada a Guerra do Ópio, que terminou em 1842 com os chineses derrotados e obrigados a assinar o Tratado de Nanquim, por meio do qual cinco portos chineses eram abertos ao livre comércio, o sistema fiscalizador era abolido e Hong Kong era entregue à Inglaterra. Posteriormente, sob o pretexto de vingar o assassinato de um missionário francês, um exército franco-inglês, apoiado por norte-americanos e russos, ocupou Pequim, a capital chinesa, e obrigou a China a assinar o Tratado de Pequim (1860), que estabeleceu a abertura de outros sete portos ao comércio internacional, a instalação de embaixadas europeias e o direito de atuação de missões cristãs em território chinês. Em 1900 ocorreu a Guerra dos Boxers, quando chineses nacionalistas radicais, os “punhos fechados” ou boxers, se rebelaram contra a dominação estrangeira e mataram cerca de duzentos estrangeiros, incluindo o embaixador alemão. Ingleses, franceses, alemães, russos, japoneses e norte-americanos se uniram para invadir a China, subjugar o país e forçar os chineses a reconhecerem todas as concessões já feitas às potências imperialistas. Em 1911, o Kuomintang, o Partido Nacionalista Chinês, liderado por Sun Yat-sen, derrubou a monarquia milenar e proclamou a república, mas não conseguiu promover o desenvolvimento autônomo chinês, notadamente por conta da presença imperialista internacional no país.