Sobre o "Blog do Super Rodrigão"

*** O "Blog do Super Rodrigão" foi criado e editado por Rodrigo Francisco Dias quando de sua passagem como professor de História da Escola Estadual Messias Pedreiro (Uberlândia-MG). O Blog esteve ativo entre os anos de 2013 e 2018, mas as suas atividades foram encerradas no dia 27/08/2018, após o professor Rodrigo deixar a E. E. Messias Pedreiro. ***

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A Partilha da África

A Conferência de Berlim (1884-1885): países europeus mais os Estados Unidos e a Rússia se reuniram para definir a divisão do continente africano e as regras da exploração da África. Mesmo com a Conferência, continuariam existindo divergências entre as potências imperialistas.
→ França: Argélia, Tunísia, Marrocos, Sudão (África Ocidental Francesa), ilha de Madagascar e Somália francesa.
→ Inglaterra: domínio do continente africano desde o mar Mediterrâneo (Sudão Anglo-Egípcio), ao norte, até o Cabo da Boa Esperança, ao sul.
→ Outros territórios africanos estavam sob o domínio de países como Bélgica (o Congo, propriedade pessoal do rei belga Leopoldo II), Itália (Líbia, Eritreia e Somália), Espanha (Marrocos espanhol e Rio de Ouro), Portugal (Angola e Moçambique) e Alemanha (Camerum, atual República dos Camarões, o Togo, o Sudoeste e o Oriente da África). No início do século XX, apenas a Libéria e a Abissínia (atual Etiópia) eram Estados africanos livres.

A Inglaterra na África. A política colonial do primeiro-ministro Benjamin Disraeli garantiu o domínio de amplos territórios africanos para os ingleses.
→ O canal de Suez,[1] ligação entre os mares Mediterrâneo e Vermelho, passou para o domínio dos ingleses.
→ A Guerra dos Bôeres (1899-1902): A Inglaterra dominava a Colônia do Cabo (África do Sul) desde as guerras napoleônicas, e, posteriormente, entrou em atrito com os bôeres (também chamados de africânderes), colonos holandeses que haviam fundado as repúblicas livres de Orange e Transvaal. A descoberta de diamantes e ouro na região de Johannesburgo, no Transvaal, estimulou a ida de muitos ingleses para o local, o que levou a conflitos entre holandeses e ingleses pelo domínio da região. A Inglaterra anexou o Orange e o Transvaal aos seus domínios, formando a União Sul-Africana em 1910 (junto com as colônias do Cabo e Natal).
→ A atuação de Cecil Rhodes: nascido em 1853 e falecido em 1902, Cecil Rhodes foi um colonizador e homem de negócios britânico, tendo vivido na África e sido um agente do imperialismo britânico. Foi um dos fundadores da Companhia De Beers, uma das gigantes do mercado internacional de diamantes. No ano de 1892, o semanário inglês Punch publicou a caricatura “O Colosso de Rhodes” (de autoria de Edward Linley Sambourne), cujo título é uma referência a uma das sete maravilhas do mundo antigo (a estátua de Hélios, o deus do Sol na mitologia grega, localizada na ilha de Rodes). A caricatura publicada no jornal inglês mostra um Cecil Rhodes gigantesco, com um pé no sul da África e o outro no Egito, regiões dominadas pela Inglaterra, lembrando o projeto de Cecil Rhodes de ligar o norte e o sul da África por meio de uma estrada de ferro, projeto jamais realizado. Na caricatura, Rhodes segura uma linha de telégrafo. A imagem é uma representação do imperialismo britânico na África.






[1] O canal de Suez foi projetado pelo engenheiro francês Ferdinand Lesseps, tendo sido construído com o apoio de Napoleão III entre os anos de 1859 e 1869. O seu controle foi originalmente exercido pela França e pelo Egito. Ao ligar os mares Mediterrâneo e Vermelho, o canal encurtava as distâncias entre os centros industriais europeus e as áreas coloniais asiáticas.