A Conferência
de Berlim (1884-1885): países
europeus mais os Estados Unidos e a Rússia se reuniram para definir a divisão
do continente africano e as regras da exploração da África. Mesmo com a
Conferência, continuariam existindo divergências entre as potências
imperialistas.
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França: Argélia, Tunísia, Marrocos, Sudão (África Ocidental Francesa), ilha de
Madagascar e Somália francesa.
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Inglaterra: domínio do continente africano desde o mar Mediterrâneo (Sudão
Anglo-Egípcio), ao norte, até o Cabo da Boa Esperança, ao sul.
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Outros territórios africanos estavam sob o domínio de países como Bélgica (o
Congo, propriedade pessoal do rei belga Leopoldo II), Itália (Líbia, Eritreia e
Somália), Espanha (Marrocos espanhol e Rio de Ouro), Portugal (Angola e
Moçambique) e Alemanha (Camerum, atual República dos Camarões, o Togo, o
Sudoeste e o Oriente da África). No início do século XX, apenas a Libéria e a
Abissínia (atual Etiópia) eram Estados africanos livres.
A Inglaterra na África. A política
colonial do primeiro-ministro Benjamin Disraeli garantiu o domínio de amplos
territórios africanos para os ingleses.
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O canal de Suez,[1]
ligação entre os mares Mediterrâneo e Vermelho, passou para o domínio dos
ingleses.
→ A Guerra dos Bôeres (1899-1902): A Inglaterra dominava a Colônia do Cabo (África do Sul) desde as guerras napoleônicas, e, posteriormente, entrou em atrito com os bôeres (também chamados de africânderes), colonos holandeses que haviam fundado as repúblicas livres de Orange e Transvaal. A descoberta de diamantes e ouro na região de Johannesburgo, no Transvaal, estimulou a ida de muitos ingleses para o local, o que levou a conflitos entre holandeses e ingleses pelo domínio da região. A Inglaterra anexou o Orange e o Transvaal aos seus domínios, formando a União Sul-Africana em 1910 (junto com as colônias do Cabo e Natal).
→ A atuação de Cecil Rhodes: nascido em 1853 e falecido em 1902, Cecil Rhodes foi um colonizador e homem de negócios britânico, tendo vivido na África e sido um agente do imperialismo britânico. Foi um dos fundadores da Companhia De Beers, uma das gigantes do mercado internacional de diamantes. No ano de 1892, o semanário inglês Punch publicou a caricatura “O Colosso de Rhodes” (de autoria de Edward Linley Sambourne), cujo título é uma referência a uma das sete maravilhas do mundo antigo (a estátua de Hélios, o deus do Sol na mitologia grega, localizada na ilha de Rodes). A caricatura publicada no jornal inglês mostra um Cecil Rhodes gigantesco, com um pé no sul da África e o outro no Egito, regiões dominadas pela Inglaterra, lembrando o projeto de Cecil Rhodes de ligar o norte e o sul da África por meio de uma estrada de ferro, projeto jamais realizado. Na caricatura, Rhodes segura uma linha de telégrafo. A imagem é uma representação do imperialismo britânico na África.
[1] O canal de Suez foi projetado
pelo engenheiro francês Ferdinand Lesseps, tendo sido construído com o apoio de
Napoleão III entre os anos de 1859 e 1869. O seu controle foi originalmente
exercido pela França e pelo Egito. Ao ligar os mares Mediterrâneo e Vermelho, o
canal encurtava as distâncias entre os centros industriais europeus e as áreas
coloniais asiáticas.