Sobre o "Blog do Super Rodrigão"

*** O "Blog do Super Rodrigão" foi criado e editado por Rodrigo Francisco Dias quando de sua passagem como professor de História da Escola Estadual Messias Pedreiro (Uberlândia-MG). O Blog esteve ativo entre os anos de 2013 e 2018, mas as suas atividades foram encerradas no dia 27/08/2018, após o professor Rodrigo deixar a E. E. Messias Pedreiro. ***

domingo, 15 de novembro de 2015

Uma charge sobre o imperialismo na China no século XIX

No século XIX, a China sofreu com a ação imperialista de vários países. O artista Henri Meyer retratou a sua visão sobre esse fato em uma charge publicada no ano de 1898 no periódico francês Le Petit Journal. Confira abaixo:

MEYER, H. The Chinese Cake. Le Petit Journal, jan. 1898. Charge

Na imagem, representantes de algumas potências imperialistas repartem fatias do que parece ser uma torta ou uma pizza, onde se lê "China". Sentados à mesa, da esquerda para a direita, vemos a rainha Vitória (representando a Inglaterra), o kaiser Guilherme II (Alemanha), o czar Nicolau II (Rússia) e o imperador Mutsuhito (Japão). Os três primeiros seguram facas, enquanto que o imperador japonês, sem portar uma faca, apenas observa a partilha com um olhar preocupado. Mutsuhito parece esperar "pelo que vai sobrar" da torta/pizza. Atrás do czar Nicolau II, a França é representada por uma mulher que usa na cabeça o "barrete frígio" - símbolo criado na época da Revolução Francesa -, e que também parece aguardar o processo de divisão da China. Ao fundo, a China é representada por um velho que ergue os braços em desespero e impotente diante da ação das potências imperialistas.

Nas palavras de Héctor Bruit,

"O imperialismo não só deixou um sabor amargo onde se instalou como também queimou com ácido e perfumou com enxofre três continentes. Chegou como um vendaval, destruindo sociedades milenares e construindo um mundo de angústias sobre as ruínas de milhões de seres humanos. [...] O efeito foi demolidor, e a fome assassinou milhões de pessoas." (BRUIT, H. O imperialismo. São Paulo: Atual, 1996, p. 58.)