Tempo de revoluções
A
Europa vivenciou várias revoltas e revoluções ao longo do século XIX em
decorrência de diversas mudanças sociais, econômicas e políticas que ocorreram
no período anterior. O Congresso de
Viena buscou restaurar as monarquias europeias que haviam sido abaladas
pelos acontecimentos relacionados à Revolução Francesa. Contra o autoritarismo e a repressão impostos pela restauração da velha ordem se insurgiram
novas forças sociais que ganharam espaço com a Revolução Industrial e se inspiravam nos ideais da Revolução Francesa. A burguesia liberal, o proletariado e as camadas médias urbanas exigiam mais liberdade e, especialmente no caso do proletariado, reivindicava-se
também mais igualdade.
A
primeira onda revolucionária ocorreu
entre 1820 e 1830, e foi marcada pela presença das ideias do liberalismo e do nacionalismo. Eram basicamente conspirações
militares ou movimentos promovidos por organizações
secretas que, na maior parte das vezes, foram sufocados pelas forças
governamentais. Em Portugal, a Revolução Liberal do Porto (1820)
resultou na aprovação da primeira Constituição Portuguesa (1822). Por sua vez,
os nacionalistas gregos conseguiram, no ano de 1829, libertar a Grécia do
domínio do Império Otomano, que desde o século XV controlava a região.
A
partir de 1830 ocorreu a segunda onda
revolucionária, que provocou um impacto imediato nas monarquias europeias.
Na França, ocorreu a queda de Carlos X, fato que marcou a derrocada dos Bourbon
e estimulou revoltas em várias regiões europeias. Com a ajuda dos ingleses, a
Bélgica libertou-se da Holanda em 1830. Por sua vez, na Polônia irrompeu uma
revolta nacionalista que logo foi abafada pelo governo russo. Já na península
itálica, ocorreram levantes liberais e nacionalistas contra a dominação
austríaca.
Na
década de 1840, a Europa viveu a terceira
onda revolucionária. A partir de 1845, houve uma sucessão de más colheitas
no campo, enquanto que nas cidades a fome e o desemprego tornavam cada vez mais
difícil a vida das camadas mais pobres da população. Em 1846, na Galícia
austríaca (região que hoje é pertencente em parte à Polônia e em parte à
Ucrânia), em uma só noite o povo enfurecido assassinou cerca de mil
aristocratas. Na França, em fevereiro de 1848, manifestações populares em Paris
e combates de rua levaram à abdicação do rei Luís Filipe e à proclamação da
Segunda República (a Primeira havia sido entre 1792 e 1804). Em Berlim, na
Prússia, entre março e abril de 1848, operários e burgueses entraram em
conflito com tropas do governo, obrigando o rei Frederico Guilherme IV a
convocar eleições para uma Assembleia Constituinte. Movimentos semelhantes
ocorreram em outras partes da Europa. Esta terceira onda revolucionária teve um
caráter internacional e ficou conhecida como a Primavera dos Povos.
A Inglaterra no século
XIX
No
início do século XIX, a Inglaterra consolidou-se como a principal potência
mundial, situação que vigoraria até o início do século XX. O trono inglês foi
ocupado por mais de 60 anos (1837-1901) pela rainha Vitória. Tal período da história inglesa ficaria conhecido como a Era Vitoriana, e foi marcado por uma
política burguesa impulsionadora do liberalismo. O rápido crescimento
industrial, a poderosa marinha mercante e o Estado solidamente estruturado
garantiram o poderio britânico, que não encontrava rivais à altura. Naquela
época, a libra esterlina era a moeda do comércio internacional.
Durante
o período vitoriano, ocorreram também conquistas trabalhistas. Organizações de
trabalhadores como as trade unions
venceram a resistência do empresariado e obtiveram sucessivas melhorias nas
condições de trabalho. Houve o estabelecimento de uma legislação trabalhista, a
redução da jornada de trabalho e o aumento dos salários, bem como a conquista
de um maior espaço na vida política inglesa por parte dos trabalhadores. Em
1838, operários ingleses enviaram uma petição intitulada Carta do Povo ao Parlamento, reivindicando o sufrágio universal, o
voto secreto, o fim do critério censitário para votar e ser votado, a
remuneração dos eleitos e eleições
anuais. O documento, embora tenha sido rejeitado pelo Parlamento, acabou
inspirando o movimento cartista, que
pressionou os governos e obteve algumas conquistas, tais como a regulamentação
do trabalho infantil e feminino, a permissão de associações políticas e a
jornada de trabalho de 10 horas.
Anos
mais tarde, movimentos populares retomaram a sua força e conquistaram, em 1858,
o fim do censo eleitoral para a Câmara dos Comuns e, em 1867, a ampliação do
direito de voto, deixando ainda de fora os trabalhadores industriais mais pobres.
Tempos depois, estabeleceu-se o voto secreto e o direito de voto aos
trabalhadores rurais. Os sindicatos foram oficialmente reconhecidos no final
dos anos 1880, quando a duração da jornada de trabalho de adultos (homens e
mulheres) e crianças foi finalmente regulamentada. Em 1893, formou-se o Partido Trabalhista a partir da ação de
líderes sindicais. O sufrágio universal foi estabelecido na Inglaterra em 1918.
A França no século XIX
Na
França, a queda de Napoleão Bonaparte em 1815 levou à coroação de Luís XVIII como o novo rei francês.
Luís XVIII era irmão de Luís XVI, que havia sido guilhotinado na Revolução
Francesa. Uma nova Constituição restabeleceu um governo elitista, combinando o
absolutismo com um aparente liberalismo, voto censitário e cerceamento dos
direitos e da liberdade conquistados durante a Revolução Francesa.
O
sucessor de Luís XVIII foi Carlos X,
que governou entre 1824 e 1830. Carlos X restabeleceu os moldes de um governo
centralizado, transferiu o ensino para o poder eclesiástico e restaurou
privilégios do clero e da nobreza. Liderados pelo duque Luís Filipe de Orléans e pela imprensa, os liberais passaram a
fazer uma forte oposição a Carlos X. Os liberais defendiam um Estado
constitucional, o direito de voto e as liberdades individuais, conquistando a
maioria das cadeiras da Câmara dos Deputados em 1828. As tensões entre o
Parlamento e a monarquia se intensificaram, e os liberais mobilizaram a
sociedade, preparando o terreno para a Revolução
de 1830. Nesse ano, Carlos X decidiu suprimir a liberdade de imprensa, e o
povo realizou levantes e fez barricadas nas ruas de Paris, exigindo mudanças. Carlos
X estabeleceu a censura completa, dissolveu a Câmara dos Deputados e reformulou
a lei eleitoral, com a intenção de fortalecer a participação política dos
setores aristocráticos. Trabalhadores urbanos, estudantes, pequenos e médios
comerciantes, industriais e banqueiros reagiram, rebelando-se contra o monarca
em julho de 1830. Pressionado, o rei abdicou do trono e exilou-se na
Inglaterra.
A
Revolução de 1830 significou o fim das expectativas restauradoras do Congresso
de Viena e inspirou diversos movimentos que abalariam a Europa nos anos
seguintes, como as revoluções de 1848 e movimentos nacionalistas. Com o fim da
dinastia Bourbon, Luís Filipe de Orléans subiu ao trono na França. O novo rei
seria conhecido como o “rei burguês” ou o “rei das barricadas”, pois foi
apoiado pela burguesia francesa após liderar os levantes com barricadas nas
ruas de Paris. Este avanço liberal repercutiu em toda a Europa, inspirando o
nacionalismo na Bélgica, que se proclamaria independente dos Países Baixos, bem
como na Polônia e na região das atuais Alemanha e Itália.
Luís
Filipe reformou a Constituição, enfatizando o liberalismo. O rei submeteu-se à Constituição,
fortaleceu o Legislativo, aboliu a censura e determinou que a religião católica
deixasse de ser a religião oficial do país. Todavia, foi mantido o limite
censitário para o voto e para a candidatura a cargos legislativos, atendendo
assim aos interesses da burguesia e ignorando os do proletariado.
Os
operários e as massas urbanas em geral enfrentavam a falta de direitos civis e
as péssimas condições de vida e de trabalho, além do desemprego. Em fevereiro
de 1848, iniciou-se um movimento revolucionário com intensa mobilização popular
e operária e com a adesão da Guarda Nacional. Tal movimento forçou Luís Filipe
a abdicar e, assim como o seu antecessor, refugiar-se na Inglaterra. Este
movimento francês inspirou movimentos parecidos na Europa central e oriental, onde
as massas populares desencadearam uma série de levantes que ficariam conhecidos
como a Primavera dos Povos.
Após
a derrubada de Luís Filipe, estabeleceu-se o sistema republicano. O novo
governo proclamou o fim da pena de morte e o estabelecimento do sufrágio
universal nas eleições. Todavia, afloraram os conflitos entre operários e
burgueses. Os socialistas lutavam por medidas que gerassem empregos, pelo
direito de greve e pela limitação das jornadas de trabalho. Eles até
conseguiram alguns avanços, mas eram combatidos pelos liberais moderados que
temiam que houvesse uma radicalização, tal como ocorrera na Revolução Francesa.
O
governo provisório instalado no lugar de Luís Filipe elegeu deputados para
elaborarem uma nova Constituição para a França em 1848. Nestas eleições, os
moderados saíram vitoriosos e foram apoiados por proprietários rurais, o que
aumentou a polarização política entre socialistas e burgueses. Novas
manifestações populares ocorreram em Paris. O governo reagiu com violência,
suspendendo os direitos individuais e massacrando a revolta, com mais de 3 mil
fuzilamentos e 15 mil deportações.
A
nova Constituição determinou que o Poder Legislativo caberia a uma Assembleia
eleita por sufrágio universal por três anos, enquanto que o Poder Executivo
ficaria a cargo de um Presidente eleito por quatro anos. Em dezembro de 1848,
foi eleito presidente Luís Bonaparte,
sobrinho de Napoleão I. Os franceses viam em Luís Bonaparte a chance de voltar
à glória da época do Império. O novo governante buscou unir e pacificar o país.
Em 1851, para perpetuar-se no poder, ele fechou a Assembleia e estabeleceu uma
ditadura. Tal golpe ficaria conhecido como o 18 Brumário de Luís Bonaparte, em referência ao golpe que deu
início à Era Napoleônica.
Por
meio de um plebiscito, Luís Bonaparte ganhou poderes para elaborar uma nova
Constituição e se tornar cônsul, tal como seu tio anos antes. Em seguida, um
novo plebiscito transformou a França novamente em império, e Luís Bonaparte
tornou-se imperador com o título de Napoleão
III. O Poder Legislativo e as forças de oposição foram marginalizados
enquanto a França se modernizava e desenvolvia-se economicamente. Paris foi
reformada com a construção de parques, bulevares e prédios elegantes, sendo
usada como sede de exposições internacionais que divulgavam o progresso
cultural e industrial.
A
partir de 1860, pressões liberais obrigaram o imperador a conceder liberdade de
imprensa e ampliar os poderes da Assembleia Nacional. A política externa de
Napoleão III era ambígua, pois enquanto defendia a “política das
nacionalidades” – princípio segundo o qual cada nação deveria ter seu próprio
país –, tentava impor seu domínio a outros países. Rivalidades com a Rússia
fizeram a França e a Inglaterra aliarem-se ao Império Turco Otomano. Para
defender o comércio francês na América e conter a hegemonia norte-americana no
outro lado do Atlântico, Napoleão III envolveu-se em uma guerra no México
(1862-1867). A França ainda enfrentou a Prússia, que liderava o processo de
unificação da Alemanha. Napoleão III chegou a ser capturado pelos prussianos.
Era o fim do chamado Segundo Império.
Após
a queda de Napoleão III, foi proclamada a Terceira República Francesa. Este
período foi marcado por conflitos políticos e sociais nos quais estiveram em
disputa valores nacionais, monárquicos, republicanos, liberais e socialistas.
Em março de 1871 foi proclamado um governo autônomo, a Comuna de Paris. Formada por dezenas de membros de várias
tendências políticas radicais, a Comuna era a administração municipal eleita
pelo povo. O serviço militar obrigatório foi abolido, estabeleceu-se que a
Guarda Nacional passaria a ser formada por todos os cidadãos parisienses, os
decretos de Versalhes foram declarados nulos e foi determinado que todas as
cidades da França passariam a contar com autonomia municipal. A Comuna durou 72
dias e praticou uma política de inspiração socialista, proclamando a igualdade
civil de homens e mulheres, suprimindo o trabalho noturno e criando pensões
para viúvas e órfãos. Foi uma experiência de autogestão democrática e popular.
A
Terceira República derrotou violentamente a Comuna de Paris. Mais de 20 mil
pessoas morreram, enquanto outras 70 mil foram enviadas para a Guiana Francesa.
A Terceira República sobreviveu até 1940, quando a França foi invadida por
Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A Formação da Itália
A
Itália como conhecemos hoje ainda não existia no início do século XIX. A
península itálica era dividida em vários reinos e ducados. Muitos desses
pequenos Estados estavam sob o domínio da Áustria. Os precursores do movimento
pela unificação da Itália foram os carbonários
(nome que está associado às cabanas dos carvoeiros, onde ocorriam reuniões
secretas), que reuniram monarquistas e republicanos que atuavam em várias
partes da península.
Sob
a inspiração dos movimentos liberais e nacionalistas que ocorriam em várias
partes da Europa a partir de 1848, amplos setores da população passaram a se
mobilizar para expulsar os austríacos e reunir todos os reinos e ducados da
região em um único e novo país. Os republicanos, liderados por Mazzini e Giuseppe Garibaldi, e os monarquistas, liderados pelo conde Cavour, se destacaram neste processo.
Em
1859, o reino do Piemonte-Sardenha –
um Estado independente, industrializado e progressista, governado por Vítor Emanuel II – entrou em guerra
contra a Áustria. As tropas piemontesas contaram com a ajuda do exército
francês e dos camisas vermelhas, um
corpo de voluntários republicanos liderados por Giuseppe Garibaldi. O reino do
Piemonte-Sardenha venceu o conflito e, em seguida, ampliou o seu território,
anexando novos ducados e parte dos Estados Pontifícios. Em setembro de 1860,
Garibaldi e seus camisas vermelhas ocuparam o Reino de Nápoles. Garibaldi e
seus homens também conquistaram Parma, Módena, Toscana, parte dos Estados
Pontifícios, a Sicília e o sul da Itália. No ano seguinte, foi eleito o primeiro parlamento italiano, que reconheceu o
rei Vitor Emanuel II (1820-1878), do
Piemonte-Sardenha, como o rei da Itália.
Vítor Emanuel II foi favorecido pela decisão de Garibaldi de abandonar a
política para não dividir as forças italianas de unificação. O novo país anexou
Veneza em 1866, bem como o restante dos Estados Pontifícios, incluindo Roma, em
1870. Todavia, o Papa Pio IX
recusou-se a reconhecer o novo Estado, refugiando-se no Vaticano – o bairro de Roma onde se encontra a Basílica de São
Pedro. Foi apenas no ano de 1929, já no papado de Pio XI, que tal impasse foi resolvido por meio do Tratado de Latrão, um acordo que criou
o Estado do Vaticano pertencente à Igreja Católica e chefiado pelo Papa.
As
províncias setentrionais do Tirol, Trentino e Ístria, de população
predominantemente italiana e em mãos dos austríacos, ficaram conhecidas como as
províncias irredentas (não
libertadas) e eram reivindicadas pela Itália. A disputa pelo domínio dessas
províncias seria uma das razões que fariam a Itália entrar na Primeira Guerra
Mundial.
A Formação da Alemanha
Assim
como a Itália, a Alemanha ainda não existia como país unificado no início do
século XIX. Durante o Congresso de Viena, a Confederação do Reno foi
substituída pela Confederação Germânica,
bloco formado por 39 Estados, dos quais os mais importantes eram a Prússia (desenvolvida comercial e
industrialmente) e a Áustria (de
economia basicamente agrária). Em 1834, as barreiras aduaneiras entre estes
Estados foram eliminadas. A união econômica dinamizou o capitalismo na região,
mas, como a Prússia deixou a Áustria de fora, os austríacos ameaçaram iniciar
uma guerra, o que fez a Prússia recuar. O Império Austríaco recuperava assim a
sua supremacia na Confederação Germânica.
Tempos
depois, por volta de 1860, a Prússia iniciou um programa de modernização
militar sustentado pela aliança da alta burguesia com os grandes proprietários
e aristocratas. O chanceler (primeiro-ministro)
da Prússia, Otto von Bismarck
(1815-1898), defendia a unificação dos Estados Germânicos a partir de uma
estratégia que visava a exaltação do espírito nacionalista por meio da
participação em guerras. Após vencer a Áustria na Guerra das Sete Semanas (1866) e anexar ducados germânicos que
estavam em poder de outros países, o governo de Bismarck promoveu uma reforma.
A Confederação Germânica foi extinta e, em seu lugar, criou-se a Confederação Germânica do Norte,
formada pela Prússia e pelos Estados germânicos setentrionais e liderada pelo kaiser Guilherme I, de quem Bismarck
era ministro.
Tal
acontecimento deixou o governo da França em alerta, pois os franceses
consideravam que a política de Bismarck ameaçava o equilíbrio de forças na
Europa. Napoleão III opunha-se à unificação alemã pois ela faria surgir uma
grande potência em suas fronteiras orientais. A França exigiu que os Estados
germânicos do sul não se integrassem à nova Confederação, ameaçando atacá-los
caso eles não obedecessem. Em julho de 1870, França e Prússia entraram em
guerra. O conflito foi vencido pelos prussianos, que eram militarmente
superiores.
Em
janeiro de 1871, em pleno palácio de Versalhes – situado nas vizinhanças da
capital francesa –, Bismarck proclamou o II
Reich (Segundo Reino) da Alemanha
unificada, sob o governo do kaiser (rei)
Guilherme I. A derrota na Guerra Franco-Prussiana, como o
conflito ficou conhecido, teve um alto custo para os franceses. O Tratado de Frankfurt estabeleceu que, além
de pagar uma indenização de 5 bilhões de francos, a França deveria ceder à
Alemanha as regiões da Alsácia e da Lorena.[1] Com a unificação, a
Alemanha desenvolveu-se intensamente, a ponto de, em 1900, superar a Inglaterra
na produção de aço. O desenvolvimento industrial alemão colocou em risco a
hegemonia britânica mundial, gerando atritos. A exigência alemã de uma
redivisão colonial que a favorecesse, somada às alianças político-militares,
ocasionaria a Primeira Guerra Mundial. [2]
[1] A perda das duas regiões estaria entre
as motivações da França para participar da Primeira
Guerra Mundial (1914-1918).
[2] Enquanto a Prússia liderou o processo
de unificação da Alemanha, a Áustria uniu-se à Hungria para formar o Império Austro-Húngaro. Áustria e
Hungria continuavam, cada uma, com suas constituições e parlamentos próprios,
enquanto o Poder Executivo era exercido por um único soberano, que era
auxiliado por ministros oriundos dos dois países. Interessado em manter seus
domínios na península Balcânica, em 1879, o Império Austro-Húngaro aliou-se à
Alemanha e, anos mais tarde, à Itália, dando origem à Tríplice Aliança, que teria participação importante nos
acontecimentos que levariam à Primeira Guerra Mundial.